Ler as informações nutricionais de um produto pode ser um pouco difícil na hora da compra: o que é muito? O que é pouco? Mas uma vez que você pega o hábito e ENTENDE o que está descrito ali, vai ser capaz de decidir – numa simples olhada – se você quer colocar o produto no carrinho ou de volta na prateleira. Neste primeiro post iremos dar algumas dicas úteis e bem fáceis para que você entenda melhor as informações nutricionais dos alimentos.
Fique de olho na porção!
Antes de olhar as calorias (sim, eu sei que você olha primeiro as calorias!) veja qual a referência que o fabricante utiliza para fazer a tabela nutricional. O tamanho da porção é razoável ou ridiculamente pequeno? Um truque que as empresas utilizam é estabelecer como referência uma porção muito pequena, por exemplo: “1 biscoito”! Então a análise de “1 biscoito” feito com gordura hidrogenada revelou um valor de “0,2g” de gordura trans. Segundo a lei brasileira, um valor igual ou inferior a “0,2g” por porção, permite que o fabricante use em seus produto os termos: “Sem Gordura Trans” ou “ZERO Gordura Trans”. Mas isso é referente a APENAS UM biscoito e a gente sabe que não vai comer só um biscoito, né?
%VD??
% VD : A sigla significa percentual de valores diários, ou seja, uma média de consumo calórico para a população brasileira adulta saudável, que é de 2000 kcal. Essa média foi utilizada como referência para os valores diários. É importante saber que as necessidades diárias variam de acordo com alguns parâmetros como a idade, a pratica de atividade física e estado de saúde de cada pessoa, ou seja, não é regra e deve ser considerada individualmente. Por exemplo, um jovem atleta de 20 anos terá que consumir muito mais do que 2000 kcal por dia. Já uma pessoa idosa e não praticante de atividades físicas terá uma necessidade de calorias inferior a 2000 kcal por dia. Dieta é algo indivualizado que deve ser respeitado. E o %VD foi pesquisado em cima de uma média da população. Ou seja, se em uma embalagem a porção de um produto tem 200 calorias, isso representa 5% das calorias que em média as pessoas consomem em um dia (2000 kcal).
Calorias
Caloria é a energia que o nosso corpo utiliza que vem dos alimentos. As calorias são calculadas a partir da quantidade de gorduras, proteínas e carboidratos presentes nos alimentos. No entanto, o fato de um alimento ser menos calórico não significa que ele é melhor. Por que? Por exemplo, um copo de suco de laranja natural tem 113 calorias enquanto a mesma medida de um refrigerante de limão, tem 115. Quase nada de diferença, né? Agora dá uma olhadinha na quantidade de fibras, vitaminas e, no caso do refri, veja quantos aditivos químicos ele tem? Pois é… Não se preocupe apenas com as calorias, mas analise o quão nutritivo é o produto.
Carboidratos
São fontes de energia para o nosso corpo (e super necessários para praticantes de atividades físicas), mas se consumidos a mais, o organismo estoca em forma de gordura.
Proteínas
Essenciais na construção e conservação de tecidos, órgãos, células, e músculos! Portanto, se você pratica atividades físicas, as proteínas são essenciais! Também proporcionam sensação de saciedade, já que levam mais tempo para serem digeridas.
Gordura: boa ou ruim?
Nós tendemos a pensar sobre gorduras como algo ruim para a saúde, mas isso não é inteiramente verdade. As gorduras são boas para você, quando consumidas de acordo com recomendações. As gorduras nos fornecem energia, participam de processos estruturais e hormonais e ainda podem contribuir para a manutenção da saúde do coração. A verdade é que nosso corpo precisa sim de gorduras, mas algumas realmente não trazem nenhum benefício para o nosso corpo. Esse é o caso por exemplo das gorduras trans, provenientes de alimentos geneticamente modificados como a margarina. Ela não só aumenta seu colesterol ruim, como também diminui o colesterol benéfico à saúde (HDL-colesterol). Já as gorduras saturadas podem ser consumidas, mas com cautela. Em excesso na alimentação ela é uma das principais causas de colesterol elevado e outros problemas de saúde. Estas são encontradas principalmente em alimentos de origem animal, como leite, manteiga, carne e ovos. Já as gorduras insaturadas são as chamadas ‘gorduras boas’ que contribuem para a elevação do colesterol bom (HDL), dentre outros efeitos positivos. As gorduras insaturadas podem ser encontradas em peixes oleosos como arenque, salmão, cavala, atum e sardinhas. Também são encontradas em azeites e castanhas em geral.
Fibra alimentar
Ótima para o controle das taxas de glicemia e colesterol, a manutenção das funções intestinais e o aumento do efeito de saciedade. Além disso, proporcionam uma sensação de saciedade por mais tempo, por isso as fibras são ótimas para quem está de dieta!
Sódio
É tido como um super vilão da dieta saudável, mas também não pode ser reduzido a zero já que é importante para a regulação hídrica e o desempenho adequado do cérebro. Se consumido em excesso, torna-se vilão pois colabora com a retenção de líquidos e aumento de pressão arterial. É um dos principais componentes do sal de cozinha!
Alguns equívocos:
CONTÉM GLÚTEM: Trata-se de uma informação que os fabricantes são obrigados pela ANVISA a colocar em suas embalagens, não porque é algo prejudicial, como alguns erroneamente concluem, mas sim porque algumas pessoas são intolerantes a essa proteína, os celíacos.
RICO EM PROTEÍNA: Segundo o RDC Nº 54, DE 12 DE NOVEMBRO DE 2012 (Resolução da ANVISA), qualquer alimento que apresente a partir de 12% de proteína poderá constar em sua embalagem dizeres como: RICO EM PROTEÍNA. E cá entre nós, marombas, 12% nem sempre é uma quantidade significativa. Para não cair na “pegadinha” basta conferir a proporção na tabela nutricional.
INTEGRAL: Os produtos integrais são mais saudáveis, ricos em fibras e mais nutritivos, isso é fato. O problema é que algumas pessoas acham que o fato do produto ser integral quer dizer que ele é menos calórico, o que não é verdade. Então se você não emagrecer não coloque a culpa nos produtos :p.
INGREDIENTES: Segundo resolução da ANVISA, os fabricantes devem colocar os ingredientes em ordem decrescente, ou seja, os ingredientes que vêm primeiro na embalagem são os que aquele produto mais contém.
Pronto, agora ninguém mais te engana, né?
Caso queira se aprofundar no assunto, a ANVISA fornece um material bem interessante nesse link: http://www.anvisa.gov.br/alimentos/rotulos/manual_rotulagem.PDF
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